Tuesday, December 21, 2010

PONTOS DE VENDA DO LIVRO "DO INFERNO AO CÉU"





















Arlequim Livraria
Praça XV de Novembro 48
Paço Imperial – Centro

Timbre Livraria
Shoppinga da Gávea 2º Piso Loja 221

Só Tricolor – Flamengo
Rua Senador Vergueiro, 44 Loja A
Flamengo

Só Tricolor – Tijuca
Rua Santo Afonso, 153 Loja H

Argumento Livraria
Rua Dias Ferreira, 417
Leblon

Blooks Livraria
Praia de Botafogo, 316 Loja D/E
Galeria do Arteplex Botafogo

Bolívar Livraria
Rua Bolívar, 42 Loja A
Copacabana

Beco das Letras
Rua General Tibúrcio, 83 Loja 14
Urca

Moviola Livraria
Rua das Laranjeiras, 280 Loja C
Laranjeiras

Empório das Letras
Rua do Catete, 311 Sala 202
Largo do Machado

Leonardo da Vinci Livraria
Avenida Rio Branco, 185 Lj. 2, 3, 9
Centro

Só Tricolor Petrópolis
Rua Tereza , 1515 Loja 69
Alto da Serra

Só Tricolor Niterói
Rua Gavião Peixoto, 104 Loja 111
Icaraí

Rede de Livrarias da Travessa

Barra: Barra Shopping, nível américas
Leblon: Shopping Leblon, 2º piso - 3138-9600
Ipanema: R. Visconde de Pirajá, 572 - 3205-9002

Centro:
Travessa do Ouvidor, 17 - 2505-0400
Av. Rio Branco, 44 - 2519-9000
Rua Primeiro de Março, 66 - 3808-2066
Rua 7 de Setembro, 54 - 3231-8015


Ou ainda nos links:

http://www.7letras.com.br/destaques/do-inferno-ao-ceu.html


http://www.travessa.com.br/DO_INFERNO_AO_CEU_A_HISTORIA_DE_UM_TIME_DE_GUERREIROS/artigo/4dcf0445-b80b-43e4-a4e9-f6e5dc2ba2cd

Monday, December 13, 2010

LANÇAMENTO DE LIVRO


"DO INFERNO AO CÉU: A HISTÓRIA DE UM TIME DE GUERREIROS"

Monday, December 06, 2010

FLUMINENSE 1 X 0 GUARANI (05/12/2010)



Do inferno ao céu (06/12/2010)


Eu queria falar de várias coisas nesta crônica de hoje, mas sei que as palavras sempre serão poucas para definir a monumental vitória de ontem, quando o Fluminense se sagrou tricampeão brasileiro de futebol. Queria falar da lembrança saudosa dos meus amados pais que, certamente, comemoraram este grande triunfo em algum lugar do infinito, assim como meus grandes amigos João Carlos e Xuru – este, vascaíno de sete cidades, mas que volta e meia emprestava torcida ao meu amado Fluminense. Queria também falar da emoção que senti ao ver os milhares de jovens leões das Laranjeiras vibrando e chorando com esta conquista, jovens como eu era no dia em que vencemos o fortíssimo Vasco e ganhamos o bicampeonato em 1984.

Meus queridos amigos Tricolores, esqueçam de jogadas bonitas, passes mirabolantes e efeitos pirotécnicos: o Fluminense não entrou em campo ontem para fazer um show. Entrou para ser tricampeão. A maravilhosa festa coube à nossa imensa e belíssima torcida, que fez uma verdadeira procissão até o Engenhão e não deixou um centímetro de acrílico ou concreto sem as três cores da vitória. No campo, todos sabíamos que seria um jogo tenso. A obrigação de vencer abala até um par-ou-ímpar, quanto mais tendo um título tão importante em jogo. Nunca tivemos uma final fácil a nosso favor, não seria agora que isso iria acontecer. Ninguém definiu o roteiro da partida melhor do que Álvaro Doria: “Será um jogo difícil, com morrinha e o gol virá no segundo tempo – isso se não for depois dos quarenta minutos”. Fizemos antes do que o bruxo previra, mas o sofrimento até o fim foi o mesmo. E antes disso, o Engenhão mostrava seus cânticos de festa, mas também muitos suspiros nervosos, mais do que justificados: chutamos pouco a gol, Diguinho não repetia o brilho de outras jornadas, o craque Conca sentia o calor, Fred ainda pagava o preço da falta de ritmo. O esquema 3-5-2 não funcionou como deveria, porque Mariano acabou inibido e Gum não tinha o mesmo ritmo para puxar jogo pela direita. Num momento, o Guarani ameaçou com perigo e poderia ter feito o gol, mas Ricardo Berna mostrou – com sobras, ressalte-se - porque se tornaria o sucessor de Paulo Victor na galeria dos goleiros campeões brasileiros do Tricolor. Nas cadeiras azuis, apreensão: o Cruzeiro empatava zerado em Minas, o Corinthians empatava em um gol no Serra Dourada. Definitivamente, nada é fácil para nós. Num estalar de dedos, acabou o primeiro tempo e ficou claro que teríamos de melhorar para conseguir vazar o gol bugrino. Um mísero e surrado gol valia o título – meio-gol até, desde que fosse validado. Nas arquibancadas, os jovens leões rugiam com ânimo e também a natural preocupação.

Na volta para o segundo tempo, o time voltou sem alterações, mas por pouco tempo. Logo no começo, Júlio César sentiu e quem veio em seu lugar foi Washington. Ninguém ali sabia que essa substituição, feita por contusão, iria dar ao Fluminense o seu terceiro troféu minutos depois. Houve uma bola na esquerda, Carlinhos tentou cruzar e acertou um adversário em cima; puxou a bola mais para a linha de fundo, contra dois marcadores, e cruzou. O normal seria Washington cabecear para o gol, ou tentar, mas buscou o passe de cabeça para Emerson. Do jeito que veio, o atacante fuzilou de pé esquerdo - junto à canela, cadarço da chuteira e o que mais estivesse à frente, - por entre as pernas do goleiro, causando não somente um grito de gol comum, mas um verdadeiro tiro de canhão em cada voz dos nossos torcedores. Os jovens leões rugiram alto, juntos aos adultos, os idosos, os ressuscitados, os redivivos. Um barulho como eu nunca havia ouvido antes num estádio, a não ser quando havíamos vencido o Centenário de 1995, e então venho a senha: havia um novo Centenário a ser vencido, havia águias a dizimar os gaviões. Fizemos o primeiro gol e parecia escrito que nunca mais perderíamos esses três pontos. Foi o que aconteceu. A meia hora restante da partida foi disputada com o Fluminense tentando ainda o segundo gol em algumas chances, contra o Guarani respeitando o futuro campeão. Confesso que vi pouco dessa meia hora, talvez uns quinze ou vinte minutos, se muito: olhei para o lado, os queridos amigos de todos os jogos, os conhecidos e desconhecidos, as lindas mulheres e os rapazes embasbacados; as faixas, as bandeiras, os dizeres. Cada um deles trazia em si uma lágrima de alegria e um sorriso monumental, catalânico, inquestionável. Dez minutos para olhar para o gramado e rever nossos heróis, nossas conquistas, nossa interminável saga.

Exatamente no centro do campo, Simon deu o último apito e encerrou a partida. Eu pensava em Leo Feldman, eu pensava naquele vinte e cinco de junho de 1995: fiquei do mesmo jeito, sem entender muito bem o que se passava à minha volta, no bairro, na cidade e no país. O que melhor me lembro foi quando, perto do meu setor, vi nosso craque Fred levantando Benedito de Assis, nosso herói de outro tri, nos braços. O artilheiro guerreiro entendeu o que é o Fluminense. Não há dúvidas de que Conca é o craque do campeonato, mas o Fluminense é campeão com um time, um grupo, um jogo inteiro de camisas em vez de uma solitária. Havia Romerito, havia Marcão; eram muitos vitoriosos no estádio para que o Tricolor fosse campeão. E não deu outra.

Voltei a ser jovem: o Fluminense escreveu mais um capítulo típico da sua história. Enfrentou o precoce fechamento do Maracanã e ficou sem estádio; lutou meses contra as contusões de seus principais jogadores; teve para si as galhofinhas da imprensa que, mais uma vez, foram demolidas dentro de campo. Liderou dois terços do campeonato; quando rateou, os adversários não souberam tomar a dianteira e foram novamente ultrapassados. Não há o que contestar: é um campeão de terra, céu e mar. Mais precisamente, do inferno ao céu. Explico: quem diria que o time desacreditado do meio do ano passado conseguiria chegar ao topo do Brasil ontem? A perda da Libertadores nos custou caro: não faltaram críticas, deboches e falácias. Queriam o nosso sangue, queriam nos rebaixar por decreto em 2008 e 2009, mas não conseguiram. Meus amigos, essa conquista de ontem não é o fruto do acaso ou de algo rápido, recente: trata-se de um longo processo, que vem de muitos e muitos anos. Ninguém mereceu mais esse título do que o Fluminense; embora tenham insistido em nos tratar como o time do quase. Lembremos de 1988, 1991, 1995, 2000, 2001, 2002, 2005 e 2007 – em todos estes anos, o campeonato brasileiro poderia ter sido nosso, e ficou bem perto. O de 2010 nunca mais escapará. Somos os grandes campeões: os jovens leões não param de rugir pelas ruas, bares, faculdades, praias e qualquer lugar onde se saiba que hoje o Fluminense voltou ao seu devido lugar. Quem espera sempre alcança.

Aproveito as linhas desta crônica para subsidiar o raciocínio daqueles que insistem na pecha de bicampeão. O Fluminense não é apenas um tricampeão, mas sim um gigante tricampeão. Os homens de imprensa devem mostrar grandeza neste momento e revisar seus textos: como explicar que hexacampeões brasileiros disputem cinco Taças Libertadores por conta dos títulos obtidos, ao passo que bicampeões do mesmo certame tenham disputado três? Não há matemático que consiga justificar tal equação. Não reconhecer o tricampeonato das Laranjeiras soa tão exótico quanto ignorar outros campeões como o Cruzeiro de Tostão, o Botafogo de Gerson, a Academia palmeirense de Ademir da Guia e um certo Santos de um certo Pelé. Patético.

A águia do Atlântico Sul voa rasante. Os jovens leões rugem como nunca. Os cavalos paraguaios foram, mais uma vez, recolhidos às cocheiras centenárias. O Brasil tem um novo tricampeão: seu nome é Fluminense, seu nome é felicidade.


Paulo-Roberto Andel

Thursday, December 02, 2010

TRICAMPEÃO, SIM!


Descontemos as mentiras políticas de O GLOBO.

Abaixo, segue a página principal da edição de 21/12/1970.

Será possível que a imprensa vai insistir com essa MENTIRA de tirar um título nacional do Fluminense?





















Verifique também:

http://www.youtube.com/watch?v=8vIsLrollK4&NR=1

Wednesday, December 01, 2010

PALMEIRAS 1 X 2 FLUMINENSE (28/11/2010)



A linha do céu de Barueri (29/11/2010)

Foram sete dias de luta. Duas batalhas na elegante Arena Barueri. Duas vitórias absolutas, incontestáveis, e o Fluminense está na final do campeonato brasileiro, meus amigos. Final? O campeonato não é por pontos corridos? Sim. Mas o próximo domingo nos reserva uma grande final no Engenhão: precisamos vencer de qualquer maneira o Guarani para conquistar o tão sonhado título brasileiro deste ano. Esqueçam que o Guarani foi rebaixado. Esqueçam que temos um ponto à frente. Esqueçam os jogos dos rivais. Nossa missão é vencer este jogo, por meio a zero, por três milímetros a zero e então sucederá o ansiado tricampeonato.

Vencemos o Palmeiras com autoridade. Não importa a classificação do alviverde no campeonato: é um grande time, jogava em casa e mesmo com a rejeição de sua torcida por uma vitória contra nós – o que favoreceria o arqui-rival Corinthians – não foi um peso-morto. Pelo contrário: o golaço marcado por Dinei no começo do jogo foi uma verdadeira ducha de água quente em nosso ânimo. Água quente? Sim, o calor de Barueri era escaldante. Sentimos o golpe por alguns instantes; nossa linda torcida que invadiu a Arena, nosso bravo time diante de um potente jab no queixo. Leandro Euzébio falhou, concordo; contudo, tem enorme crédito pelo seu conjunto de atuações neste campeonato. O jogo seguiu e logo se repetiu a agonia de outros dias: nosso ataque perdendo gols deliberadamente. Emerson cabeceou no travessão. Fred cabeceou nas mãos de Deola. O goleiro palmeirense ainda faria ao menos duas ótimas defesas, até que Carlinhos empatou o jogo num lindo chute diagonal no ângulo esquerdo, após driblar. Acertou o gol com o pé direito. Os atacantes não faziam, o lateral marcou de pé trocado: eis o Fluminense de 2010, um coração na ponta de cada chuteira. Uma forma de compensar o que viria a seguir até o intervalo: Conca não sendo tão Conca, Fred não sendo tão Fred, Emerson muito longe de Emerson e Deco completamente diferente da partida contra o São Paulo – para pior. Pouco tempo mais tarde o luso-brasileiro, contundido, cederia a vez a Tartá - e isso iria fazer uma enorme diferença entre o que sentíamos ali e sentimos agora.

Depois do empate, restava quase meia hora para terminar o primeiro tempo e, mesmo não fazendo uma partida primorosa, o Fluminense se lançou ostensivamente ao ataque, tornando Deola o destaque dos primeiros quarenta e cinco minutos, com defesas sensacionais e decepcionando profundamente os palmeirenses que foram ao estádio torcer pela derrota do próprio time, fato que prejudicaria o Parque São Jorge. Faz sentido. A lógica do torcedor não é medida pela precisão da matemática. Não me venham com discursos hipócritas: a primeira etapa não foi um jogo fácil. No mais, o Fluminense não é líder do campeonato por cortesia: assumiu a dianteira em dois terços das rodadas. Em vários momentos quando poderia ter sido alijado da disputa final, os adversários tropeçaram nas próprias pernas. É tudo culpa da sina Tricolor, que faz desabar centenários. E enquanto Laranjeiras literalmente suava em bicas na Arena Barueri, o Corinthians contava com a enorme colaboração do goleiro vascaíno Prass – mesmo que tenha sido involuntária. Os deuses e demônios do futebol habitam todos os estádios e camisas, não apenas uma, embora haja privilégios claros quando se trata de certas cores – e, dentre elas, definitivamente não estão as três do Fluminense.

A volta para o gramado no segundo tempo era a exigência de uma virada Tricolor. Nos primeiros minutos a tensão foi evidente, e isso se traduziu em ao menos um inacreditável gol perdido por Fred – logo ele, que tem a vocação e a maestria para fazer os gols. Mais um escanteio, mais outro escanteio, mais um cruzamento e as coisas não aconteciam. Chegou o décimo-terceiro minuto. Deola, gante, reboteou; Tartá ajeitou e colocou a bola no canto direito com excepcional categoria. Aconteceu a virada. Vejam que Tartá é um jogador de poucos gols; neste ano, no entanto, mais do que decisivos: contra o Vasco, no difícil um a zero, e ontem na virada. Gols que fizeram a diferença e trouxeram o Fluminense até o pantheon de hoje. Bendita a hora em que Deco se machucou!

Depois do segundo gol, é verdade que o jogo tomou ares um tanto modorrentos. O Palmeiras não disputava mais nada, o Fluminense conseguiu o que queria, as coisas foram mais lentas, mais dosadas. Não me preocupo com quem queira colocar dúvidas sobre a beleza do futebol que temos jogado, assim como suspeições dos nossos jogos recentes contra os times paulistas. Ninguém escreveu uma vírgula sobre o hiper-frango do Pacaembu. Esqueceram de muitos pênaltis duvidosos marcados na competição a favor doa grandes favoritos. Esqueceram a vergonha de 2005. Hoje, o que importa é o Fluminense conquistar essa taça, tão desejada e que tantas vezes bateu à trave. Quantas não foram as vezes que jogamos bem, com vigor e beleza mas saímos derrotados? O momento é de vitória, o momento é de conquistar. Se puder ser com mais lances bonitos, jogadas plásticas e gols avassaladores, melhor; não sendo assim, meia vírgula a zero é soltar um grito entalado há um quarto de século. Os bebês de colo que nasceram em 1984 hoje são jovens homens feitos. Os garotos daquela época, feito eu, agora são quarentões. As gerações passaram, o Fluminense mereceu ganhar o campeonato várias vezes, mas não conseguiu. Foi uma época de quase: 1988, 1991, 1995, 2000, 2001, 2002, 2005, 2007 e agora. Nove temporadas em vinte e seis anos: a cada três, em média, lá estava o Fluminense suando pelo título sem conseguir. Hoje, é uma realidade: meio a zero contra o Guarani nos basta. Não precisamos pensar nos outros jogos. Não nos importará o que os árbitros possam vir a fazer para beneficiar um ou outro grande favorito da imprensa. Basta fazermos a nossa parte, basta cuidarmos do nosso jardim. Só dependemos de nós mesmos.

A fanática, numerosa e belíssima torcida do Fluminense confia no potencial de seu time, que não terminou a penúltima rodada do campeonato como líder por acaso, destino ou favor. É um time com méritos. Liderou a maior parte da competição com autoridade, soube superar os momentos difíceis, o desfalque de vários titulares, os momentos de oscilação dentro e fora das quatro linhas. É um time que soube caminhar o trilho da competição por pontos corridos, orientado por um treinador especialista na modalidade. Em suma, não é o cavalo paraguaio que só os ingênuos atestaram, mas a águia do Atlântico Sul.

Não há mais o que adiar. Uma semana que vai demorar um século, até que o domingo à tarde chegue. E que ele nos ofereça uma vista tão bonita quanto a linha do céu de Barueri ontem, onde vi estampadas as três cores que traduzem tradição, glória e vitórias inesquecíveis. Certa vez, alguns rubro-negros tentaram zombaram de nós no Maracanã, ridicularizando o verso “quem espera sempre alcança”. Nós sempre soubemos esperar; por isso, estamos aqui. Sinto um agradável aroma de felicidade; acima de tudo, que ele prospere e vigore pelos ares do Engenhão na batalha final.