Friday, June 19, 2009

FLUMINENSE 1 X 0 BOTAFOGO (07/06/2009)


Outro último pecado (08/06/2009)

No domingo passado, o Fluminense deixou a vitória escorrer por entre os dedos na partida contra o Náutico, e muito lamentamos. Ontem, a sorte sorriu a nosso favor. No apagar das luzes, o Fluminense conquistou uma vitória importantíssima sobre seu rival tradicional, o Botafogo. E vitória conquistada com um golaço de Fred – o lance em si foi a perfeita tradução do que não correu em toda a partida. Não foi uma partida boa para nós; contudo, os Aflitos, jogamos razoavelmente e deixamos de vencer; ontem, não tivemos uma boa performance mas a importante vitória veio. É o vaivém do futebol.

No início da noite no Maracanã, um frio vigoroso e dois times em mau momento. A conseqüência foi um baixíssimo público para as tradições do clássico.E se, antes do jogo, vínhamos cercados por desconfiança assim como os alvinegros, quando a bola rolou a decepção foi grande. Um jogo de baixo nível técnico em sua primeira etapa, válido apenas por ser brigado, disputado, como manda a regra do Clássico Vovô.

Não houve grandes jogadas, grandes passes, a ameaça constante aos goleiros. O Botafogo, em pior fase, dada a colocação na tabela, tentava marcar o Fluminense por pressão. Nós cuidávamos da defesa, com a boa atuação de Cássio, que substituiu a Luiz Alberto. Na frente, o Neves sem a velha objetividade pouco fazia. No meio, Conca batalhava contra os passes errados. Em resumo, que conseguisse a vitória sairia aliviado; o derrotado despencaria na pontuação. Entre um caminho e outro, o que resultou na primeira etapa foi uma briga pelo meio-campo, lenta, arrastada. Um jogo enfadonho, pode-se dizer. Mas clássico é clássico. Ainda assim, não sei dizer de uma grande intervenção dos goleiros, um arremate fantástico ou uma jogada bonita. Houve burocracia. O empate em zero foi justo diante da mediocridade dos times.

Todo torcedor espera que seu time, após o intervalo de uma partida onde não venha atuando bem, consiga reverter a situação. Em nosso caso, temos um dos maiores treinadores da história. Mesmo com nosso querido Parreira, a coisa não mudou. Para não parecer ranzinza, feito os comentaristas que só saúdam o futebol de outras décadas, diria que ao menos os times voltaram para o segundo tempo com alguma intenção ofensiva, mesmo que ela parasse em más conclusões ou erros nos passes. Mas foi efêmero, uns cinco a dez minutos no começo do segundo tempo. E o que era frio, mais tarde piorou: veio a chuva.

Quando se chegou à metade do segundo tempo, tanto Parreira quanto Ney Franco começaram a substituir peças, na tentativa de mudar o panorama do mau clássico. No Fluminense, entraram Maurício e, depois de longo afastamento, Leandro. Quero dizer que simpatizo com Maurício; de vez em quando, faz um golaço, tal como contra o São Paulo este ano ou como contra a Gávea, ano passado. Teve boas atuações na Libertadores. É um jogador que ainda pode crescer. Mas, neste domingo, sua atuação foi catastrófica: nos vinte minutos em que esteve em campo, errou tudo o que tentou. Mais ou menos como a regularidade de João Paulo. Já Leandro foi diferente, nem parecia vir de um período de inatividade. Buscava o jogo e se deslocava, como tradicionalmente faz.

Na má atuação, no frio, na chuva e no Maracanã vazio, seria plausível que as torcidas imaginassem o fim do jogo com um zero a zero mofado, sem brilho. Pequenos apupos já ecoavam das arquibancadas. E tudo caminharia para isso mesmo, só que o mesmo fim de tempo que nos castigou semana passada foi generoso ontem: Leandro, da intermediária, deu um maravilhoso passe para Fred, livre; lançou a bola por cima dos zagueiros. O atacante, com sua habitual categoria, aplicou um lençol no bom goleiro Renan e tocou para o gol vazio, inaugurando o marcador e praticamente consolidando a vitória. Nossa torcida era pequena, mas vibrou com a grandeza da jogada: o passe, o lençol, a finalização mortífera. Vencemos. Desta vez, o último pecado foi de General Severiano.

Mais uma vez, nossa atuação ficou muito distante do almejado. Neves está indo embora, o Fluminense carece de uma liderança no meio de campo para articular o ataque e, em paralelo, dividir as tarefas com Conca. O problema da lateral-esquerda é crônico. Ao menos, no gol, melhoramos. A vitória era fundamental para deixar o time em situação confortável na tabela. Ainda assim, é pouco. O Fluminense não pode se contentar com o oitavo ou o sexto lugar. Menos mal que os três pontos vieram.


paulo-roberto andel


2 comments:

Frei said...

Parabéns pela vitória

Estou trocendo pela chegada do Roberto Carlos. Grande reforço!

Abraços pentacampeões rubro-negros
do Freitas

Unknown said...

Meu mestre Paulo Andel seguirei esse blogue tricolor. Abraços torcedor sofre mestre.