Tuesday, August 18, 2009

SOBRE FLÁVIO PRADO


PANACAS DO FUTEBOL BRASILEIRO - PARTE XIV


Flávio Prado, eventual jornalista esportivo paulistano, há muito afastado da grande mídia televisiva, diz que não gosta do Fluminense em seu programa de rádio (que, naturalmente, não é o líder de audiência da casa). Mais: diz que o lugar do Fluminense é na segunda divisão.

A democracia aí está. Até os panacas podem tirar proveito dela. Eu, que não pertenço a este enorme grupo formado no Brasil, com vasta influência de jornalistas e parajornalistas, também a aproveitarei.

Não gosto de Flávio Prado desde a primeira vez que me deparei com sua figura cabotina e prepotente no programa “Cartão Verde”, da TV Cultura, dotado daquele ar professoral injustificável – nem tinha idade para isso, para passar por um homem sabido e maduro do futebol. Nunca gostei. Suas opiniões sempre expressaram um fascismo enorme ao se comparar o “poderio” dos times de São Paulo sobre os do Rio, quando isso NÃO acontecia, ao contrário de hoje. Outra coisa que considero abominável no jornalismo esportivo é quando um profissional que vive do futebol diz não torcer para time nenhum – e isso, o FP sempre fez, beirando ao ridículo. Tempos depois, aumentando a carga de ridículo contida em sua torcida enrustida, passou a dizer que tinha se tornado torcedor do Milan: pelo visto, ainda por cima é pé-frio, pois o rubro-negro italiano despencou das conquistas a seguir.

Até aí, a coisa ia. FP era apenas mais um desses bobocas que ganham bem para falar do que não sabem, ou que nunca cobraram direito um escanteio. Em se tratando de Fluminense, aí é que não entende nada. O Tricolor das Laranjeiras fundou o futebol brasileiro, permitindo que gerações e gerações tirassem seu sustento do esporte – e, nessa, até o “Forza Milan” saiu ganhando, pois tem uma excelente salário para ejacular tolices. Ao dizer que o Fluminense deveria estar na segunda divisão, FP exacerba e mostra toda a sua ignorância oceânica sobre o futebol carioca, brasileiro e mundial. Sim, o Fluminense foi o primeiro time brasileiro campeão mundial de clubes. Ele, FP, é que se posiciona bem como um jornalista de segunda divisão. Terceira, talvez. E não poderia ter escolhido sua opção de “torcida” de maneira mais coerente: o Milan, em mais de uma vez, foi rebaixado por conta de falcatruas que gerenciou nos campeonatos italianos, algo bem parecido com o que vimos pelo cenário brasileiro em anos como os de 1996, 1997 e 2005. Será que Flávio Prado também não gosta de Mário Celso Petraglia e Alberto Dualibi? Ou também se esqueceu?

Eu gosto de Sandro Moreyra, João Saldanha, Aquilles Chirol, Jorge Nunes, Marcos Caetano, Paulo Vinicius Coelho, Rafael Marques, Nelson Rodrigues, Luiz Mendes, Doalcei Bueno de Carvalho, Juca Kfouri. É por isso que aprendi a não gostar de Flávio Prado.

Não entendam minhas linhas como raiva. Como Tricolor, tenho o direito de me manifestar. Apenas observações. Ia me esquecendo, é preciso citar o principal motivo que me faz crer que pessoas como Flávio Prado mereçam uma passagem de ida sem volta para o Afeganistão. Certa vez, em minha árdua busca como colecionador de CDs de música, deparei-me num supermercado com um grande balcão de promoções a R$ 1,99. Entre forrós, axés, pagódis e outras bizarrices, eis o que aparece: “Hits – As melhores do Flávio Prado”.

Ser apedeuta em futebol, ainda vá. Mas querer indicar música para os outros já é demais.

Comprei um disco do Ronaldo e os Impedidos.

Flávio Prado não merecia dois reais. Nem merece.


Paulo-Roberto Andel, 18/08/2009

1 comment:

Gabriel Peres said...

Saudações Tricolores!

Gostei do seu texto e gostaria de saber se poderia publicá-lo no blog do Canal Fluminense (www.canalfluminense.com.br/blogdaequipe). Aguardo seu retorno.

Abraços,
Gabriel Peres
Canal Fluminense